Destaque à beleza, às preocupações e às ações do homem, ora autêntico, ora inautêntico.
domingo, 24 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
MÃOS DADAS_ Carlos Drummond de Andrade
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Como hoje é dia do amigo, quero agradecer aos meus a atenção, o cuidado, a campanhia... Alguns não vejo faz muito tempo, outros encontro diariamente, cada um possui uma especificidade, mas têm em comum o orgulho que me fazem sentir. Tenho admiraçãopor todos eles, e não poderia ser diferente, porque me constituo através dos seus olhares, eles fazem parte de mim.
"...Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho..."
Uma homenagem a todos os animais!
Todos devem ser tratados com muito respeito, eles são nossos irmãos menores. O ser humano sente-se superior aos bichos e a toda a natureza, mas se esquece de que antes de ser racional possui necessidades fisiológicas, sente dor, fome, frio, como qualquer outro ser vivo... E assim como as cobras possuem veneno como um mecanismo de defesa, temos a razão como meio de sobrevivência. Então, inteligentemente, não devemos agir como se pudéssemos sobreviver sozinhos, pois sem eles nada seríamos.
domingo, 17 de abril de 2011
"Eu quero uma casa no campo..."
Sinto muita saudade de Visconde, de ver pessoas conhecidas, de tomar sorvete no jardim... Meus cachorros, meu quintal... Minas está lá, a minha infância ainda está lá. Um dia eu volto, definitivamente; enquanto isso, faço contagem regressiva para minha formatura!!! Uma angústia Heideggeriana tem tomado conta de mim!
"Ó lua, fragmento de terra na diáspora,
desejável deserto, lua seca.
Nunca me confessei às coisas,
tão melhor do que elas me julgava.
Hoje, por preposto de Deus escolho-te,
clarão indireto, luz que não cintila.
Quero misericórdia e por nenhum romantismo
sou movida."